antes de ler esqueça as letras



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO


Quando o tempo passa, eu ultrapasso seu ir e chego perto da saudade.
Não espero o ano acabar, sei o que fica em mim.
Muda o tempo todo tudo que é.E nada fica.

Pássaros tingem o orvalho de voz
Pessoas nascem em suas lembranças.
Ruas, calçadas perdem suas cores.
Amores se contemplam das janelas.
Carros e passos chegam em seu lugares.
Pessoas e pessoas  te cercarão de vida, e de viver.

Talvez algum dia alcançaremos realmente o que não se deixa para trás.

*feliz ano novo.Muitíssimo obrigado por tudo. Adoráveis momentos, felicidade pra muitos que estão aqui, amo seus gestos e a força que colore minha memória.Beijos e afetos
  





quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

BEM


Quando seu sorriso desata meus olhos, o nó dos cílios se desfaz.
E aí, encosto minha retina na ponta de seus gestos, tingindo-me de ti.
Reações de alegria, alegorias de palavras cobrem nossa fala, o coração em silêncio se preenche das pequenas grandezas do afeto.E o momento se eterniza de dentro para fora, como quem chega sem saber aonde,com um pressentimento de que é assim, viver.








domingo, 11 de dezembro de 2011

CALÇADAS


Nessas calçadas, onde os vagabundos andam e sorriem, onde não a pedras para tropeçar.
Nessas calçadas, onde quem vem de lá, encontra alguém de cá, onde se perde alguma coisa pro chão.
Nessas calçadas, cheias e usadas pelo tempo, desbotadas e sem cor, me corre uma saudade de chegar, de investir todos os meus passos nesse ir

Tenho saudade, muita saudade, de encontrar aquele velhinho, indo tão longe.Não há mais tempo de alcança-lo.

sábado, 3 de dezembro de 2011

REPETIR,REPETIR ATÉ FICAR DIFERENTE


Troca-se as roupas os velhos costumes.Procura-se o respeito do novo.
Atualizando-se em meio ao léu do que é preciso deixar, desusando o que por muito tempo foi  novo.
Aonde de fato se chega, é onde tudo se une para se repetir.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

COISAS DE LUGAR


O cachorro gritando do outro lado da rua me diz, sem razão, alguma coisa.
O porte acesso as 11 horas da manhã, o pássaro voando por cima do telhado, as folhas que o vento derruba,o lixo acumulado do lado portão, o rastro de pneu, o saco plástico solitário.

Todas essas coisas escondem poesia.





sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EVOLUÇÃO


Sempre surgirá um tempo novo.Com novidades e contemplações.
Haverá pessoas, máquinas, progresso.Coisas que te farão crer além.
Futuros inacabáveis, grandezas e mais grandezas.

E no entardecer dos dias sem mais demoras, volte para casa
e use os velhos costumes.
Para que o sono venha e descanse de tudo.Em paz.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

COLÍRIOS


Meus olhos terminam
sempre por piscar
Como quem aplaude
o momento

Meus olhos piscam
perdendo de vista

O que não pisca olha.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

TEMPO


Não me apresse tempo.Não me assuste com o seu tempo.Eu só quero ficar mais um pouco.
O que você quer de mim?
Não me traga o óbvio, de me usar e desgastar.
Eu cresci estou gostando da vida,minha alma me toca, meus instintos me laçam.
Por favor tempo,eu não presto.
Me esqueça.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

IMPROVISANDO



A chuva que chove pra fora da minha janela é saudade.Me culpo por deixa-lá só.Sei que se perece com chuvas que tive na adolescência.O céu dessa noite é silêncio.
Gotas dão as mãos ao cair unidas do telhado.Tão rápidas se unem se soltam e se vai.Me distraio no anúncio ligeiro do relâmpago.Amanhecendo noites em segundos.
Essa janela dói tanto, meus olhos não terminam de enxergar.
Eu deixo que o dia leve essas águas embora.

domingo, 25 de setembro de 2011

VIVA LA VIDA

Pela vida passageira
que não demora tanto
Pela amizade corriqueira
de dizer eu te amo
Pela espera que não se acalma
até chegar o instante.

Pelo espaço que se vive
entre o início e o fim

Quantas
coisas
terminarão
em 
mim.

domingo, 18 de setembro de 2011

FACEBOOK







Quantas mudanças
Mudou-se o vento e o caminho de ir.


Alguém me procura na rede social
e conversamos sem olhar nós olhos.

Minha retina se cansa, por não ter ninguém ali.
Meus braços se apavoram,
por me comunicar sem os doces gestos
de uma conversa boa.

Ah, não consigo escrever
que estou sorrindo na mensagem
Me corta a espontaneidade.

Os computadores,laptop, celulares
deixaram nossa conversa calada.





















sábado, 10 de setembro de 2011

BARCO


Eu termino.Não imito o fim.
Eu começo.Não imito o ir.

Eu só peço.Não me deixe ir.


(tempoDotanto)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

ROSAS, COROAS E ESPINHOS


Meus olhos usam flores ao encontrar o jardim.
Os espinhos apontam a dor.

Todas as  especies de flores servirão para o buquê.
E para o fim.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PORTA

Seus olhos me descobriram dentro do olho mágico da porta
Foi assim que descobri não precisar mais de fechaduras.

sábado, 13 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

AMIGO DO TEMPO


Que companhia terá minha velhice?Qual desses novos hábitos serão meus até o futuro?Aonde chegará minhas lembranças?Quem me chamará de velho pela primeira vez?

O meu cansaço é novo ainda.Minhas roupas que acumulo, agora que chegaram aos 10 anos.
Vejo velhos amigos meus, tão novos.Nossas idades têm o mesmo cheiro do café que tomei hoje.
Não me cansei  do sol.Os verões,as chuvas.Tudo é estreia, ainda.
O que dirá minha velhice?
Tudo é agora.E  o que passar de agora será essencial.

O que farei com todas as conquistas?
E as frustração  derrotas me deixarão em paz?

A mudança do tempo é igual para todas as épocas. O mesmo frio, a mesma dor.

Acumularei festas, amigos, amores, tempestades e alegrias.
Para quando no meio-dia, dos dias.
Sentar-me-ei e me servirei de antiguidades

domingo, 31 de julho de 2011

MODO DE PREPARO - POESIA


INGREDIENTES; Farinha de palavras/Pimenta do Reino nenhum
1copo de vento/1colher (sobremesa) de versos (10g)/Alho/Sal.

Escorra e sirva.

Para ter um melhor sabor, acrescente um pouco de sua vida.

domingo, 24 de julho de 2011

1 ANO MEMÓRIAS INVENTADAS

DEVAGAR, O TEMPO TRANSFORMA TUDO EM TEMPO. O ÓDIO TRANSFORMA-SE EM TEMPO. O AMOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. A DOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. OS ASSUNTOS QUE JULGAMOS MAIS PROFUNDOS, MAIS IMPOSSÍVEIS, MAIS PERMANENTES E IMUTÁVEIS, TRANSFORMAM-SE DEVAGAR EM TEMPO. MAS, POR SI SÓ, O TEMPO NÃO É NADA, A IDADE NÃO É NADA, A ETERNIDADE NÃO EXISTE.

Sobre o autor:
José Luís Peixoto é um escritor e dramaturgo português.

sábado, 16 de julho de 2011

SOLIDÃO



Solidão é um copo vazio que nunca se encheu de água.

Solidão é não ter lembranças.
Solidão é o furo do muro revelando um feixe de luz.
Solidão é um cadeira de balanço que o vento balança.
Solidão é um fio branco na cabeça de um velho.
Solidão é não ter sombra nos dias de sol.
Solidão é dormir de luz acessa.
Solidão é se olhar no espelho e não se ver.
Solidão é uma cicatriz onde a  ferida nasce. 
Solidão é uma porta sem parede.
Solidão é quando a noite se torna clara.
Solidão é uma mochila sem alça.
Solidão é uma varanda sem janela.
Solidão é parar na última estação de trem.
Solidão é comer uma pizza de doze pedaços sozinho.
Solidão é fazer as malas.
Solidão é esperar o ônibus, que não virá.
Solidão é uma carta sem endereço.
Solidão é um anel sem dedo.
Solidão é não ter ninguém para repartir o pão.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PEDAÇOS


De onde vem o instante?
A hora mágica.Onde o cheiro da flor invade o ar.
De onde vem?
O último pingo da chuva, que chega cautelosamente na terra.
Em qual tempo exato, os traços do vento sobe o horizonte?

De onde vem o instante?
Onde o touro não quer ser  montado e sente as pernas do homem sobre seu corpo.
De onde chega a tal hora, em que a camareira não aguenta mais dobrar seus lençóis, e procura abrigo em uma cama vazia.

De onde vem?

Em qual hora a ilha descobre alguém.
Em qual segundo o instinto domina as asas do passarinho, para o seu primeiro voou.


De onde vem.

terça-feira, 5 de julho de 2011

AVIÃO


No ar.O avião pousava em meus olhos.Alguém partia para nunca mais voltar.
No ar.Com um tempo certo de chegar, o viver seguia rumo ao que se foi...

Máscaras de ar,dormiam presas nas poltronas.Fazendo companhia ao velho homem.
Turbinas roncavam dentro das nuvens, assustando pássaros que planavam no ar.  

Em um canto da aeronave, a aeromoça cantava em inglês.Perdia o chão.Retocava a maquiagem.Seu choro não tinha escala.


Eu descobri o céu olhando aviões.E nas asas de Deus voei.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

SEM QUERER

Sem querer...
um velho descobre que o seu amor nunca envelheceu.
Sem querer...
uma mulher encontra na multidão do carnaval sua solidão.
Sem querer...
um caminhoneiro não encontrará mais a sua estrada, e seguirá em pensamento sua chegada.
Sem querer...
um louco descobrirá que ser normal é loucura.
Sem querer...
o casal se separe para viver mais as lembranças.
Sem querer...
um noite chegue antes de acabar o dia.
Sem querer...
a paixão morra para nascer o amor.
Sem querer...
ele ouse  levar seu sorriso a sério.
Sem querer...
Você viva hoje pensando no amanhã.

E sem querer...
Tudo passe adiante de nós.

domingo, 19 de junho de 2011

EM CIMA DO MURO



Toda parede esconde uma cicatriz.
Uma casa que não tenha paredes arranhadas e maltratadas é um lar abandonado, um lugar sem histórias.
Muros de ruas guardam cicatrizes enormes.É ferida aberta aos olhos,e quem nunca enxergou, nunca sofreu.
Muro de rua beija o sol, e derrama no chão sua sombra.

A parede usará sempre a cicatriz para dizer que envelheceu.E o tempo derramará sua história, no seu tempo exato de ser.
Adoro andar nas cidades, pois sei,que uma parede me acompanhará, até eu dobrar a esquina.O corpo da parede me seduz.










sexta-feira, 10 de junho de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

TERRA DO NUNCA

Localizada depois da falta de memória.
Ela cruzava fronteiras com o fim.
Vigiada pelos insetos.O seu chão habitava no ar.

Visitas eram constantes de pessoas que a esquecesse.
Seus vilarejos tinham a mesma idade de Deus.

Um poeta voltava sempre a cidade.Seu tempo era esquecer.
Tinha em tudo, o nada das coisas.

Nesta cidade, moravam pessoas
 que não conseguiam nascer.


homenagem ao blog 'terra do nunca'

quinta-feira, 19 de maio de 2011

POEMA ERÓTICO


Eu já beijei tantas palavras
que não eram amores.
Algumas me usaram pelo prazer.
Outras me tocaram, como se fossem únicas.

Minhas relações duram uma poesia.
E quando o poema nasce, gozo seus sentidos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

ESPERANDO


contei
esperando
números.

guardei
esperando
segredos.

chorei
esperando
lágrimas.

cantei
esperando
canções.

beijei
esperando
amores.

temperei
esperando
gostos.

dormi
esperando
sonhos.

olhei
esperando
visões.

atirei
esperando
alvos.

voei
esperando
asas.

pisei
esperando
passos.

saí
esperando
 lugares.

foliei
esperando
páginas.

...e respirei
esperando

inspirações       

sábado, 30 de abril de 2011

COISAS ANÔNIMAS de A a Z

Alguém?
bêbado
cantando
desilusões

ensaiando
falas
gritando
horrores

inconsiderado
julgado
levitando
mé

ninguém
oh
para
questionar?

resmunga
sorri
travado
usa
voz
xingada
zé

A quem pertence tudo isso?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

CONDIÇÕES DE USO DA PAIXÃO

ATENÇÃO

-Não é um brinquedo;
-Não expor a chamas, ou calor excessivo;
-Material inflamável;
-Suas micropartículas podem causar sentimentos; 
-Não expor a peso excessivo ou imprimir grande pressão, evitando assim rompimento dos sentidos e a exposição da micropartícula;
-Se rasgar desproteja a boca, nariz, olhos e ouvidos.Pode causar sufocamento;
-Não colocar ao alcance de crianças;
-Em caso de ingestão,  procure auxílio do AMOR;

Validade indeterminada



domingo, 17 de abril de 2011

ALFAIATE

Nas costuras
das roupas
alinho minha vida.  

E o que vinher  há ser depois 
será moda.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SUJEITO

Eu já quis ser esquecimento.
Sendo assim ninguém me atingiria de lembranças.

Hoje
 só
 me
 lembro,
 o que esqueci.

domingo, 10 de abril de 2011

APANHADOR

Eu adorava guardar poemas no fôlego de minha avó.
 Sempre buscava os prediletos no seu cangote. 
Ela muitas vezes confundia meus versos com suas receitas,
 e fazia bolos de poemas.
 Adorava ninar melodias na cadeira de balanço, 
e os pássaros por sua vez revisavam as canções.

Sempre gentil ao mundo, meu avô guardava nos bolsos dos paletós, poemas de esperança.
Dizia sempre.
 Que tudo um dia terminaria. Que só com o fim, o fim das coisas. A esperança nasceria.

Aprendi a publicar meus poemas,
 nas memórias inventadas, 
no restante 
instante de ser 
esperança.

domingo, 3 de abril de 2011

CORRER

Eu sempre consigo me deixar para trás, quando corro.
Junto o chão. Devoro as ondulações do terreno.
E alcanço lugares que nasceram pelos pés.

Usando-me  das imperfeições dos caminhos, aperfeiçou minha vida.
E consigo sim, ser mais rápido que o mundo.

Eu distribuo bem, meus pés nas pistas.
E só assim, atinjo com facilidade a solidão dos caminhos.

Ao correr descubro que os lugares nunca acabam.
 Que o fim de uma estrada 
pode ser o início, pra quem vem de lá.






terça-feira, 29 de março de 2011

PASSAGEIRO

Eu esperava o ônibus.
Ele nunca me esperou chegar.

As portas se abriam, 
para parada vazia.

Dando chance a quem?

Tudo 
estará
perdido,
eu 
acho.





domingo, 20 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

DESCOBRIMENTOS.

Olhar as costas das árvores.
(região próxima onde o vento se esconde)

Olhar os ombros dos peixes.
(região mais acentuada perto das costas e do coração)

Olhar o  pescoço das cobras.
(região perto do ouvido)

Olhar a cintura dos elefantes.
(região bem abaixo do estômago)

Olhar os cílios das formigas.
(mais vistos quando elas estão dormindo)






quinta-feira, 10 de março de 2011

AMANHÃ SENDO/ AMANHECER

Acordei mais cedo,
para acordar os pássaros,
 Tive pena!

Esperei parado passar o café,
despreguicei a janela ao abrir-la.
E já nela olhei para o céu.

Peguei o fruto do pé,
com as mãos.

Apaguei a luz no acendedor.

Desliguei a tv,
para te ver melhor !
...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MORENO, 2 ANINHOS


Meu filho,
me renova diante da infância.

Meu filho,
me deixa recente para o futuro. 
 (o futuro que eu quero lhe dar)

Meu filho,
me explica coisas sem palavras.

Eu descobrir nele:
olhar a vida com olhos fechados.
inventar coisas que não existem.
recordar sem memória.
dizer tudo, pelo o mínimo das grandes coisas.
se afastar das explicações para entender com o viver.

Sendo assim,
Para um adulto ser infância,
desaprender é tudo.





















quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

LEITURA

Leio com olhos,
 sua imagem.
Folheio,
 cada fio de cabelo.
 .......
 As páginas passando,
 são teus gestos unindo forças. 
......
Seu titulo, é a estampa do seu sorriso,
 marcando sua forma.
Os capítulos
 são as roupas de seu corpo.
Dia após dia.

Você é a escritora
de um único leitor.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

POR UM TRIZ

- Eu alcancei!

A última pedra do caminho.
O último silêncio do mudo.
A minha última morte.

- Eu alcancei!

O último ano.
A última vida.
O último pedido.
A última fome.

Eu só não alcancei.
O último e a última.

Mais alcancei a primeira e última chance!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ENSAIOS

Eu ensaiava sorrisos,
e o alegre imaginava ser eu.

Meu riso encontrava lágrimas.

(A esperança não me considerava)

Recusava-me a usar a  tristeza todos os dias.
O meu medo era que ela se esquece-se de mim.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A VIDA DE UM VENTO

Eu soprava nas costas do vento,
e o vento amansava as  xícaras quentes.

Era lindo.O vento voando  por si.

Eu descobri esses detalhes,
onde o vento faz a curva.

Mais não diga para ninguém.

(O vento dá asas aos pássaros tímidos.)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

GAIVOTAS

Avistei o céu, e as nuvens não estavam. Havia mais espaço para o infinito.
O vento recuou com medo de se perder.Os pássaros comprometidos com o céu, perderam vôos. Se perderam em seus próprios caminhos.
As folhas não caíram por falta de ar. O mar se esticou no horizonte. Beijou mais a terra, e se escandalizou.

- O céu morreu.

Desmoronou na aurora, o seu silêncio.
Sua afeição teceu a brisa.
E o dia voltou quando entardeceu.

sábado, 8 de janeiro de 2011

ONTEM

Minhas
costas
está
sempre
de
frente
para
meu
passado.

Eu não vivi o suficiente ainda, para ter lembranças.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011