Eu adorava guardar poemas no fôlego de minha avó.
Sempre buscava os prediletos no seu cangote.
Ela muitas vezes confundia meus versos com suas receitas,
e fazia bolos de poemas.
Adorava ninar melodias na cadeira de balanço,
e os pássaros por sua vez revisavam as canções.
Sempre gentil ao mundo, meu avô guardava nos bolsos dos paletós, poemas de esperança.
Dizia sempre.
Que tudo um dia terminaria. Que só com o fim, o fim das coisas. A esperança nasceria.
Aprendi a publicar meus poemas,
nas memórias inventadas,
no restante
instante de ser
esperança.
Avós tem naturalmente ar de poesia ...
ResponderExcluirlindo!
maravilhosas tuas lembrancas de avoh...Eh o cotidiano das minhas relacoes que me encanta. Tuas memorias sao poesias. Lembrei do cheiro do meu avoh. Obrigada ! Adorei !
ResponderExcluirQue retratos mais lindos da esperança seus versos colorem... Quanto encanto revelam os poemas de seus avós, através de você!
ResponderExcluirObrigada, Nielson, pelas suas visitas ao meu blog e pelas palavras que você me escreve, certamente adoçadas com o mesmo açucar dos bolos de sua avó.
Um grande abraço
Bel Pakes
Que lindo!
ResponderExcluirSomos o poema que escrevemos.
Beijos.