Eu sempre consigo me deixar para trás, quando corro.
Junto o chão. Devoro as ondulações do terreno.
E alcanço lugares que nasceram pelos pés.
Usando-me das imperfeições dos caminhos, aperfeiçou minha vida.
E consigo sim, ser mais rápido que o mundo.
Eu distribuo bem, meus pés nas pistas.
E só assim, atinjo com facilidade a solidão dos caminhos.
Ao correr descubro que os lugares nunca acabam.
Que o fim de uma estrada
pode ser o início, pra quem vem de lá.