Enxerguei minha solidão com luz de vaga lume. -Era claro!
Clara, escuridão da noite.
O chão me servia como tapete, e a névoa cobertor.
Eu fugia sem personalidade, com trajes de esquecimento.
Em um caixa de fósforo cabia o fogo das lembranças!
antes de ler esqueça as letras
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
NUDEZ
Todo cabide guarda em si o formato de uma roupa.
No guarda-roupa a falta de nudez.
O homem acompanhará o corpo dá roupa.E só na mulher a roupa acompanhará o corpo.
Mais que ninguém, o varal terá a liberdade de se vestir, de improvisar cachecol nas tardes de verão.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
PERTO DO ACASO
O que já contei de histórias em tosse, nossa!
Nascia no céu da boca, as vozes.
Não podia espreguiçar a boca com bocejo para não espantar a hora de tossir.
Bebia água, para as palavras nadarem, nadarem, nadarem.....
Bebia água, para as palavras nadarem, nadarem, nadarem.....
Disputei muita tosse com cão de guarda.
Utilizava um idioma sem pátria!
-Uma pátria dentro de mim.
BRIGA DE OLHO
Uma das minhas maiores brigas que já tive foi com o cisco de olho.
Eu tentava vê-lo com os dois olhos, dentro do mesmo olhar, ele adentrado
nas profundezas da minha visão.
Comprei briga!
Separei os cílios, subi dois andares de sobrancelha.Estiquei o olho na vertical e não enxergava o cisco.E não enxergava o cisco.
Pedi auxilio aos colírios,dedos,espelhos,água e sopros.
Eu tentava vê-lo com os dois olhos, dentro do mesmo olhar, ele adentrado
nas profundezas da minha visão.
Comprei briga!
Separei os cílios, subi dois andares de sobrancelha.Estiquei o olho na vertical e não enxergava o cisco.E não enxergava o cisco.
Pedi auxilio aos colírios,dedos,espelhos,água e sopros.
E nada, e nada, e nada.
Quando chorei ele decidiu me deixar.
Quando chorei ele decidiu me deixar.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
PALAVREIRO
Gosto muito de repousar no acento das palavras.
De solta-las como respiração..........................
Adoro descobri-las:
De solta-las como respiração..........................
Adoro descobri-las:
Nos gestos dos animais.
Nas falhas das calçadas.
Nas cicatrizes das xícaras de café.
No jeito bobo dos cachorros de rua.
E no caminhar elegante do velho moço.
Eu contrabandeio palavras
entre
linhas
sai letras ............
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