O sol saindo pela terceira vez essa semana, restos de lembranças saboreando a memória de alguém. Trinta e cinco dias e quatro minutos, coisas que a numerologia sabe guardar bem. Leituras em praças. Carros em fugas, cardiais acenando asas na prateleira do céu.
Alguém em algum lugar, procurando lugar em alguém.Navios atravessando cidades ilhadas de solidão.
Peixes, cobras e pássaros habitando o mesmo lugar no museu.
Sentinelas, salva vidas, seis mãos sacudindo o petisco do bar.
Previsão do tempo, terra em movimento.Receitas, remédios.Rastros de passos na areia do mar. Avenidas, idas e vindas, caminhos que o próprio destino faz. Um cão sem guia beijando a boca da garrafa do chão.Moedas balançando dentro do calção.Seis metros de luz solar. O mar devolvendo objetos. O choro de estréia para a dor. O alvo esperando ser encontrado. Malas vazias de tanto esperar. Sinos aplaudindo o entardecer.
Duas tribos indígenas, namorando o sol da noite,
Luas embriagando mares.Vales viciando um feixe de luz. Duas poltronas cuidando do lar. Um portão cercado de paredes. Dois pés pulando poça d'água. Vinte militares cantando uma canção pro ar.